quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O problema da Gildete



...
- O mundo é dos vencedores, Gil. Vencedores. Os vencedores são fotografados. Os vencedores são contemplados, admirados, reconhecidos, amados. Você já viu algum documentário sobre um perdedor? Por exemplo, você acha que se o Barrichello morresse na pista, haveria toda aquela comoção e tristeza que ocorreram quando o Sena se foi?
-  Como eu já disse, Dust: eu me considero uma vencedora. Aliás, eu SOU uma vencedora! Olhe a minha formação acadêmica, minhas quatro “pós”, meu cargo, minha posição social, minha estrutura famili...
- O SEU PROBLEMA, Gildete, é que você é FEIA!
Até o momento, as pessoas do grupo assistiam à discussão com uma curiosidade juvenil. Mas, com essa do Dust, começaram as gargalhadas da turma. Quase todos os homens do grupo adoravam o Dust. A mulherada evitava. Neste caso, pelo visto, as meninas viraram fãs de carteirinha do cara, obviamente, por detestarem a Gildete, que era tida como “metida a besta”, arrogante e imponente. Ou seja, o inimigo do meu inimigo...
 A Gil e o Dust já se conheciam há muito tempo. Foram vizinhos na infância,  pegaram algumas matérias de faculdade juntos e até trabalharam no mesmo setor. Gil sabia bem onde estava se metendo, mesmo assim, pelo fato de considerar-se uma mulher bem resolvida, com uma autoestima elevada e psicologicamente inabalável, achava, até esta noite, que conseguiria ter uma conversa franca com o Dust, sem sair dela destruída.
- Dust, eu sei que eu posso estar um pouco acima do peso, mas isso...
- NÃO é isso, Gil. Eu acho que não fui claro. Existem aquelas gordas que, se fossem magras, seriam bonitas. As pessoas comentam sobre elas sempre da seguinte forma: “Oh, mas ela tem um rosto liiiindo! só precisa emagrecer!” Mas não é esse o seu caso, Gil. Você não é só gorda. Você é feia! FEIA!
Lembro que eu estava muito incomodado, prevendo que o Dust estragaria o aniversário da Madalena. Festa bacana. Jantar gostoso, pessoas alegres. Até Dj a Madá contratou. Eu tentei intervir no papo, mas a mesa era grande e o Dust estava do lado oposto ao meu. Gil estava do meu lado. Cochichei duas vezes, no ouvido dela: “Deixa de papo com esse doido!”. Mas ela insistia. Que mulher!
- Dust, querido, você não sabia que beleza é um conceito relativo?
- Não acho não. Pra mim, isso aí é conversa fiada. É claro que há uma margem de subjetividade na questão da beleza, mas relativamente a qualquer padrão estético de referência existente, você é FEIA! Seu nariz é enorme, seus olhos são separados como os de um tubarão martelo, seus traços são grosseiros, você não tem bunda, seu corpo é quadrado e a sua gordura se acumula nos piores lugares possíveis pra uma mulher, te dando esses brações de baiana do acarajé. Até o seu nome é feio. Gildete. Nome de pobre, favelado. Aposto que o nome do seu pai é Gildo e o da sua mãe é Nete, ou Bete, ou Janete...
Mais uma vez, a gargalhada tomou conta da mesa. O Pezinho e o Chuck já choravam de rir... Eu fechei os olhos e esperei a merda acontecer. Daí comecei a mexer no celular, pra disfarçar o constrangimento que eu estava sentindo pela Gil, a qual, ainda assim, mostrava-se tranquila e simpática. Não sei o que a motivava, mas ela continuava lá, aparentando estar no controle da situação.
Ninguém está no controle quando lida com o Dust.
-Ha ha ha! Essa do meu nome foi boa! Querido, a beleza não é a coisa mais importante do mundo. Existem outras áreas da existência humana que são muito mais importantes do que a beleza física.  Existem vários exemplos de pessoas que não se adequam a padrões de beleza contemporâneos e são muito bem sucedidas, reconhecidas por sua competência, pelo seu valor. Existem pessoas que têm princípios, Dust. Existem pessoas que, como eu, não deixam que essas superficialidades afetem os seus princípios.
- Tá bom, Gil. Tá bom. Me dá um exemplo aí de uma pessoa, ou melhor, de uma mulher que suplantou essa questão, com sua competência, valor, princípio, ou seja lá que virtude for...
Neste momento, a atenção da Gil , assim como a de quase todos, voltou-se para a entrada do salão. Seu olhar mirou a cena com a precisão e apreensão de um atirador de elite. Seu rosto abandonou aquela serena e zombeteira expressão de tranquilidade, passando a emitir farpas de desespero. Ela abandonou os talheres do jantar e uma das suas mãos, trêmula e desesperada, levou o copo de whisky à boca. Gil virou de um só gole. Um filete escorreu pelo seu queixo.
- A A A NO-NOSSA presidente é um bom exemplo, Dust. U-U-Uma mulher que tem história, que lutou contra a ditadura, foi presa, foi torturada, deu a volta por cima e se tornou uma das mulheres mais importantes e poderosas do mundo.
- Bom exemplo, Gil. Ô Pezinho! PEZINHO! PEZINHO!!!
- Ôpa!!! Fala aí, negão.
- Você se casaria com a Dilma?
- Que Dilma? A presidente?
- Sim, Pezinho. Essa mesmo!
- Que nada, negão! A Dilma é feia pra caralho!
Às vezes, conversar com o Dust era como torcer pra um time cheio de craques que estavam em um péssimo dia e não acertavam uma jogada sequer. Ele parecia manter um hobby: perfilhar entendimentos levianos sobre assuntos complexos,  discutindo assuntos sérios de forma irônica e debochada. Mesmo assim, esse comportamento detestável acabava atraindo a curiosidade das pessoas.  Se o Dust fosse apenas um idiota, seria fácil ignorá-lo ou achar graça, mas as pessoas ficavam muito intrigadas com ele, visto que era um cara notável e nitidamente inteligente, ou melhor, genial. Perto dele, as pessoas sempre queriam ouvir mais, entender mais, observar mais, pois sentiam que estavam sendo conduzidas para um desfecho fantástico. Geralmente trágico, é claro.
- Dust, querido.... O-O-Olha com que grau ... GARÇOM! GARÇOM! POR FAVOR!!! ... Olha com que grau de estu-tu-tupidez você está tratando esse assunto. Você é inteligeeente... Sabe que esta forma de argumentar é ridícula e essa ideia que você está defenden...
- GIL, entenda uma coisa: eu não estou defendendo ideia nenhuma. Eu apenas estou des-cre-ven-do, entenda: DES-CRE-VEN-DO os valores predominantes na nossa socie...
Foi fácil identificar o que havia causado tamanho choque na Gil:
Deus havia acabado de chegar.
Acompanhado... Que engraçado... Todos achavam que, nesta festa,  um relacionamento tornar-se-ia público:  Gildete e Deusivaldo. Segundo a “rádio corredor”, eles andavam muito grudados desde que a Gil virou gerente regional e passou a conviver mais com os sócios da empresa (da qual Deus era o majoritário). Porém, Deus adentrou o salão acompanhado de uma bela jovem: Verônica, a nova recepcionista.
- MA-MA-MAS VOCÊ tem certeza de que esses valores são realmente importantes pra MIM? TEM CERTEZA de que eu realmente me inco-co-comodo com o fato de não ser uma mu-mu-mulher com traços físicos que não se enquadram em um padrão universal es-es-estúpido?
- Tenho!
Verônica, a nova recepcionista, havia sido indicada para o cargo pelo Dust. Era prima dele, na verdade. Dust adorava ela, no sentido familiar mesmo. Naturalmente, quando os funcionários mais “dispostos” ficaram sabendo disso, o procuraram, imediatamente, na tentativa de articular uma “prospecção”.
Dust mandou todos pro inferno.
- HA ha ha! Querido... E-e-existem homens... Tipo assim: HOMENS DE VERDADE!!! Que enxergam uma mulher como muito mais do que um pedaço de carne, como muito mais do que um rostinho harmônico encabeçando um manequim com peitos e bunda salientes. E-e-existem homens, Dust... HOMENS DE VERDADE!!! Ti-ti-tipo assim... Que sabem reconhecer e dar valor a uma mulher não pelo seu corpo, mas pelo seu caráter, pela sua inteligência, pela sua coragem. São poucos, Dust. Mas ELES EXISTEM E SÃO HOMENS DE SUCESSO!!!
-  Gil, o problema é a boa e velha natureza excludente do sucesso, que é basicamente a mesma da beleza. Esses seus homens bem sucedidos adquirem coisas que nem todos podem ter...
Deus e Verônica, a nova recepcionista, estavam sorridentes, animados, exuberantes. Cumprimentaram algumas pessoas e ocuparam uma pequena mesa, lá no cantinho do salão.  Verônica, a nova recepcionista, já chegou conquistando o título de comentário da festa. Seu corpinho curvilíneo, seu vestidinho coladinho e seu decote hipnótico fariam  o Pezinho levar dezenas de beliscões da Arlete, ao longo da noite.
- MAS que-que-querido, você sabe a definição de sucesso que é válida pra mim?
- Não precisamente. Claro. Mas te conheço o suficiente pra saber que essa sua definição de sucesso contém um aspecto que só lhe traz e continuará trazendo infelicidades, Gil.
- Por quê?
- Pois desvaloriza tudo que você é e conquistou com esforço e sacrifício, concentrando-se naquilo que o destino, o mero destino lhe atribuiu. Você é um pessoa especial, Gil. Sei disso. Mas algumas das suas principais convicções são tão rasteiras quanto as da maioria.  O SEU homem de sucesso procurará uma mulher de sucesso e o sucesso dessa mulher tem a beleza como um dos seus pilares. É um pacote, Gil, entenda. Olhe as propagandas de carros, de relógios, de imóveis... Aliás, olhe qualquer propaganda. Tem alguma mulher feia como você fazendo? Nãããão. Tem sempre uma mulher bonita. Um homem de sucesso compra um carro caro, mora em uma cobertura e tem uma mulher bonita e com sorriso de princesa. Em suma: você está fora do kit básico do sucesso que persegue!
Deus e Verônica, a nova recepcionista, já estavam na maior empolgação. Sorrisos reluzentes, olhares carinhosos e drinques coloridos. Deus já estava “cheio de mãos”, todo derretido, "com os quatro pneus arriados”. Mas Verônica, a nova recepcionista, se comportava de forma  discreta e contida. Ela sabia que uma vitória é mais saborosa quando envolve esforço. Esforço e sacrifício: tempo.
- Dust, vo-vo-você não me... GARÇOM!!! ...você acha que  me conhece ma-ma-mas... Eu sou uma mu-mu-mulher que tem princípios. Não me aba-ba-balo com essas superficialidades!
- Gil, eu não estou querendo dizer que essas “superficialidades” afetam os seus princípios. Seus princípios podem continuar inabaláveis, mas o mundo gira independentemente da sua vontade , dos seus princípios. Um princípio, na prática, não serve pra quase nada. Eu estou afirmando que essas superficialidades afetam VOCÊ! Viver em grupo implica em estar exposto às opiniões, preferências, atitudes e desejos dos outros. E o fato de os outros acharem você FEIA te afeta sim. E muito. Você também se acha feia e se incomoda com isso. Tanto é que tenta compensar na roupa e maquiagem, o que acaba piorando... Olha esse seu vestido, por exemplo,  parece que foi feito com toalha de mesa de cartomante. A sua maquiagem.. Meu Deus... parece com a da dupla Patati Pata...
Mais uma vez, as gargalhadas foram tão sonoras que nem deu pra ouvir o final da frase. O Pezinho se engasgou com a cerveja e não conseguia decidir se tossia, gargalhava ou vomitava de uma vez. A Gil continuava mantendo um sorriso no rosto, mas era evidente que isso estava sendo artificial e extenuante. Muito custoso. Era uma musculação facial e a fadiga já deixava esses músculos trêmulos. Pensei no quanto aquelas candidatas a miss isso ou aquilo devem treinar pra conseguir manter um sorriso no rosto por tanto tempo.
- DUST, DE-DEIXE DE SER IDIOTA!!! Você deve estar achando que sou superficial como as PUTINHAS E PIRIGUETES que você conhece! Eu sou u-uma mulher educada, sofisticada, culta. Eu não me importo se você, o Pezinho, o “nãoseiquenzinho”, o pessoal do trabalho ou a PUTA QUE TE PARIU me acham feia! Você acha meeeesmo que uma mulher como eu sofreria por conta de uma MERDA dessa?
- Hummmm... Não ACHO que sofreria... Eu tenho CERTEZA de que SOFRE. E está sofrendo NESTE EXATO MOMENTO.
Dust contextualizou essa última frase com uma expressão corporal dotada de um sarcasmo completo: franzindo a testa, , abaixando a cabeça meio de lado, coçando disfarçadamente a nuca com o dedo indicador e olhando na direção de Deus. Todos da mesa olharam naquela direção. Deus e Verônica, a nova recepcionista, estavam no meio de um beijo longo e cinematográfico, ao som de uma música envolvente, sensual, na voz da Shakira. Gil, sem virar a cabeça, deu uma olhadela que durou apenas um milésimo de segundo. Ela passou a falar baixinho, mas com a voz trêmula e carregada de ódio. Os lábios tão serrados que pareciam apenas um linha feita a lápis. Seus olhos brilhavam, molhados, suas mãos não sabiam onde se enfiar. À beira do abismo. Ninguém riu.
Yo soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
- E co-co-como você concluiu isso, querido?
- Eu já estou indo embora, Gil. Estou morrendo de sono...
- Ago-gora eu quero ouvir, Dust.
- Gil, você já bebeu demais. Eu acho melhor...
- Vo-vo... Vo... Você pode conversar comigo, querido. Eu estou tranquila.
Claro que o Dust não conseguiria conter o ímpeto de destruir a coitada de uma vez por todas, mas essa tentativa de esquiva evidenciava uma evolução. Pelo menos, ele demonstrou algum tipo de ponderação, talvez um esboço rudimentar de inteligência emocional. Seria até possível afirmar que nesta época da sua vida, o Dust passou a se preocupar, mesmo que de forma ínfima, com a integridade psicológica do outro (e física dele mesmo).
Soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
- Tá bom, Gil. Já que você insiste na conversa, eu quero te falar uma coisa: você pode achar que a Verônica é uma piriguete, putinha e tudo mais. Só que ela tem uma virtude, Gil, uma virtude básica, instintiva e visceral. Uma virtude que você, com todo seu conhecimento, estudo e sofisticação não possui, ou, se possui, não pratica. Ela entende, aceita e LIDA com suas próprias limitações. Conhece as vantagens e desvantagens de ser quem é. Ela mal sabe fazer uma conta de dividir com três algarismos, mas estudou muito as cartas que a vida lhe deu no dia do seu nascimento. Por isso, quando entra em qualquer jogo, entra pra ganhar.
Soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
- Que-que-quem aqui falou da sua prima, querido? Eu não dou a mínima pra sua prima. Quer dizer, a-a-até gosto de-de-dela. A-a-agora... Tipo assim... O que eu não aceito é que...

- GIL, o que você não aceita é o fato de que os homens prefiram a Verônica recepcionista de quatro do que você de oito com suas quatro pós...
Vocês podem não saber, mas muitos assassinatos acontecem com o uso de  garfos e facas, destes de cozinha mesmo. Pode dar um “google” que você vai ver.
Um assassino de garfo e faca deveria ter uma atenuante expressiva sobre as consequências do seu ato. Talvez um suporte psicológico. Uma cela especial. O assassino de garfo e faca é apenas uma pobre alma que experimenta o infortúnio de um tormento insustentável que o priva da capacidade de fazer ponderações. É uma pessoa comum movida por um  impulso tão visceral, instintivo e  incontrolável que a faria trocar toda a riqueza,  alegria  e  prazeres do mundo pela simples chance de esganar  seu desafeto, mesmo que isso a condenasse a uma eternidade de punições.
Quando a Gildete livrou-se dos saltos altos, eu imaginei que o Dust seria alvo de uma bela sapatada. Foi então que ela subiu na mesa, usando a própria cadeira como degrau...
Todos ficaram tão perplexos que demoraram a perceber que ela estava armada com um garfo e uma faca. Quando uma voz feminina gritou “ELA VAI MATAR ELE!” era tarde demais. A música cessou. Achei que o Dj já havia notado que ia rolar uma confusão. De repente, berrou uma sirene estrondosa... E a Anita começou:
Prepara
Que agora
É hora
Do show das poderosas

A Gil deu um passo curto sobre a mesa, na direção do Dust, que estava do outro lado,  mas, ao tentar o segundo passo, escorregou na toalha e projetou-se pra frente, caindo em cima dele. A cadeira espatifou-se. Dentre gritos, pratos e taças quebrando e pessoas correndo para apartar a briga, consegui ver que a Gil havia aplicado, certamente sem querer, uma posição muito conhecida no MMA. O Pezinho reconheceu isso e gritou “É UM MATA LEÃÃÃO!!!”
Solta o som que é pra me ver
Dan-çan-do

Deu trabalho pra arrancar a Gil de cima do Dust. Foram vários intervenientes. Ela se debatia como uma uma dessas garotas possuídas, dos filmes de exorcismo. Quando conseguiram sentá-la a força numa cadeira, a Arlete derramou um copo d’água na cara dela e deu-lhe alguns tapas em ambas as bochechas: “ACALME-SE, GILDETE! CONTROLE-SE!”.  Gil chorava e soluçava compulsivamente. Coitada.
Até você vai ficar
Ba-ban-do

Mas a maior preocupação era com o Dust. Ele estava muito zonzo, pois havia  batido forte a cabeça no chão e sofrido alguns ferimentos nos braços, defendendo-se das facadas e garfadas. Sentia muita dor. Foram necessários uns dez minutos para que ele conseguisse se levantar do chão.
Dust levaria três pontos no antebraço esquerdo.
Depois desta movimentada noite, a Gildete ficou uma semana em licença médica e foi destituída do cargo de gerente regional,sendo transferida, após algumas semanas, para São Paulo, como gerente de área. Pelo visto, Deus, que presenciara o incidente, não a perdoou pela insanidade.
O pessoal da empresa até criou um novo apelido pra ela: “Gil-Jitsu”. Além disso, volta e meia alguém brincava com o Tchutchuco, colega de trabalho religioso que praticava essa arte marcial: “Cuidado, Tchutchuco! Gil-Jitsu não é de Deus”.
Por falar em Deus, ele casou-se com Verônica, a recepcionista. Tiveram dois filhos e, da última vez que soube, moravam no Rio de Janeiro.
Dust hoje é casado e mora em Brasília. Nunca me telefona. Não tem facebook. Eu envio email, ele não responde.

Gildete continua feia.

Um comentário:

  1. Meu amor, você arrebentou!!! Seu fera! Um texto envolvente, não há como não se imaginar na cena...
    Te amo! Muito orgulho de você!

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